Tal como a Eunos, deveria especializar-se em veículos topo de gama mas dedicados ao mercado norte americano. Esta sim seria a correspondência directa à Lexus da Toyota, à Acura da Honda ou à Infiniti da Nissan, uma vez que as dimensões e o produto em geral iriam ser mais de acordo com os padrões dos carros de luxo americanos e europeus.
A Amati está fortemente ligada à Mazda North America Operations (MNAO) uma vez que se destinava aos EUA e foi resultado de 2 anos de trabalho da Pegasus Task Force. Em Junho de 1992 havia 22 candidatos a serem concessionário Amati para venderem carros que ainda ninguém conhecia. Em baixo alguns documentos que serviam para dar a conhecer a marca.
Relativamente aos ditos carros que estavam previstos para a Amati, segundo o Los Angeles Times seriam 2 sedans mas encontramos informação sobre mais alguns modelos que a seguir referimos.
Amati 300: nem todas as fontes referem este modelo mas o mais certo seria corresponder ao Eunos 500 ou Mazda Xedos6 (na foto)
Amati 500: fala-se de um motor V12 que iria ser montado num modelo correspondente ao Eunos 800 ou Mazda Xedos9 e que acabou por ser lançado nos EUA como Mazda Millenia (na foto)
Amati 1000: para além do motor W12 com que iria ser lançado (que veremos mais abaixo), este seria o topo dos topos.
As imagens mostram versões protótipo mas infelizmente são muito pequenas restando apenas alguns photoshops que foram saindo em revistas.
O mais provável é que este Amati 1000 fosse correspondente ao Mazda Sentia ou Efini MS-9 ou como acabou por ser lançado nos EUA Mazda 929. (na foto)
Amati RX-8: apesar do nome ser bem conhecido estamos a falar de uma época onde o "nosso" RX-8 ainda não era sequer pensado. Tratava-se da designação que iria ser dada ao Mazda Cosmo ou Eunos Cosmo que assim sendo nunca chegou a ser vendido nos EUA. O nome foi mais tarde recuperado como uma sucessão do Mazda RX-7.
Há ainda uma história impossível de confirmar que associa o Mazda 323F (modelo BA) ou Mazda Lantis à Amati. No final dos anos 80 começaram a desenvolver-se 2 modelos com destino à marca Amati: um sedan no MRY (Mazda Reseach and technology development center of Yokohama) e um coupe no MRE (Mazda Research Europe). Diz-se que com o abandono do projecto Amati estes 2 modelos não foram eliminados mas sim repensados para que se tornassem produtos mais acessíveis culminando no Mazda Lantis que esteve disponível no Japão como sedan e coupe. De facto é estranho a Mazda ter desenvolvido um carro usando a plataforma C (mesma do 626 e Xedos6) para um segmento no qual já possuía o Familia que sempre usou a plataforma B e que continuou à venda em paralelo. Depois vem o nome Lantis que surge como resultado da junção das palavras "Latens Curtis" e que alguns traduzem por "secretamente encolhido"
Para o Amati 1000 já referimos estar previsto um motor W12. Este motor de 3981cc teria 3 filas de 4 cilindros cada e estava limitado a 280cv para cumprir o acordo de cavalheiros existente entre as marcas japonesas. O bloco era em alumínio e a maior parte do restante motor seria em magnésio. O mais interessante seriam os cilindros cerâmicos e válvulas em alumínio e cerâmica Seria algo nunca visto a juntar ao palmarés que a Mazda já tem em motores como são os casos de desenvolvimento exclusivo dos motores wankel e de ciclo miller. Mais uma vez rumores dizem que Aston Martin e Jaguar terão ido ao Japão conhecer este motor quando todos faziam parte do universo Ford e que essas duas marcas utilizaram alguma da tecnologia que viram nos seus actuais modelos.
Em 1989 foi apresentado em Tokio o Audi Avus com motor W12 e podemos ver lá atrás um desenho idêntico ao do motor Mazda embora os actuais W12 da VW sejam diferentes do apresentado em 1989 e da visão Mazda para o W12.
Chegou a empregar 50 pessoas nos EUA mas em Outubro de 1992 o projecto Amati foi cancelado. Conforme já foi dito nenhum dos carros anteriores chegou a estar à venda enquanto Amati e mesmo sobre as correspondências dos modelos não há certezas. É tudo muito pouco claro no que toca a esta marca e algumas coisas não passam de rumores. Talvez também por se tratar de um projecto da MNAO, da parte da Mazda não há em nenhum lado uma referência sequer a esta marca. É como se nunca tivesse existido.
E assim termina esta serie das marcas da Mazda (ver mais em: http://mazdanoticias.blogspot.pt/2013/04/as-marcas-da-mazda.html) mas pode sempre rever os anteriores:
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