Mazda 100 anos - Design parte 3

Hoje continuamos o artigo de análise ao design da Mazda. Consulte a primeira parte aqui e a segunda aqui.

Estilo Nagare (traduzido por Fluxo/Fluído)

A linguagem de estilo Nagare tem no protótipo de 2006 com o mesmo nome a sua maior referência e inspira-se na fluidez da natureza: no vento, na água, nas areias das dunas. Na estrada os modelos desta altura são caracterizados ainda pelo aumento de tamanho da grelha de 5 pontos.


Mas o Mazda5 de 2010 é provavelmente aquele que mais vestiu a camisola do estilo Nagare pela sua lateral com relevo. Um detalhe definitivamente raro em qualquer automóvel.

Outro pormenor interessante ao nível do design é o facto de que até esta fase, inclusive, existiam algumas adaptações ao nível de design para os diferentes mercados. Veja-se no exemplo abaixo o Mazda6 cuja traseira era distinta para o mercado Americano (à direita). Com o estilo Kodo essas diferenças desaparecem e o design torna-se global.


Um carro que não podemos deixar de referir e que ficará para sempre na memória desta época mas infelizmente para sempre perdido é o Mazda Furai (ver mais aqui).

Um protótipo: Não poderia ser outro uma vez que tem o mesmo nome desta linguagem de estilo ou será que foi a linguagem de estilo a herdar o nome do protótipo? No entanto é de referir que contámos pelo menos 7 protótipos com estilo Nagare numa altura em parecia haver uma exploração mais intensa de como aplicar uma filosofia a um modelo.

Estilo Kodo (traduzido por Alma em Movimento)

Esta linguagem de estilo baseia-se em 3 pilares: velocidade, tensão, sedução. Evolui dos elementos da natureza do estilo Nagare para a natureza viva sob a forma de uma chita, o mamífero terrestre mais rápido do mundo.



O estilo Kodo surge aplicado na prática ao CX-5 lançado em 2012. Uma forma robusta com capot levantado o que transporta a grelha para uma posição horizontal e lhe confere uma imagem imponente. As restantes linhas são inspiradas na referida chita em corrida. Pouco tempo depois é lançado o Mazda6 seguindo a mesma filosofia.


Esta linguagem de estilo chegou até a ultrapassar o contexto dos automóveis e foi aplicado a objectos do quotidiano (Ver mais aqui). O automóvel é visto como mais uma forma de expressão de arte e uma arte que leva consigo um pouco do seu criador, do artesão.

Um protótipo: Para o estilo Kodo destacamos o protótipo Shinari que foi o primeiro a estrear este estilo. Nesta altura não se fazem tantos protótipos como até aqui. Um só modelo deverá ser capaz de representar a imagem a aplicar a toda a gama.

Estilo Kodo 2

Apesar de manter as mesmas referências de atribuição de vida aos objectos pela mão dos seus artesãos, há uma ligeira evolução e refinamento que surge com o Mazda3 de 2019 e é logo de seguida aplicado ao novo CX-30. Pelo meio houve um modelo de transição mais uma vez com o CX-5.

O reconhecimento internacional fala por si. Os prémios da Red Dot foram várias vezes atribuído a modelos Mazda desenhados à luz do estilo Kodo (ver mais aqui). No ano passado foi a vez do novo Mazda3 já à luz do novo estilo Kodo 2 ser o eleito por um dos mais prestigiados prémios da área como o "melhor dos melhores" e já no decorrer deste artigo foi a vez de CX-30 e MX-30 receberem a distinção para Product Design 2020.


Na semana passada os finalistas Mazda CX-30 e Mazda3 não venceram o World Car Of The Year mas este último foi eleito World Car Design Of The Year. Mesmo a tempo de fechar em grande esta retrospectiva pelo design da Mazda.

Um protótipo: O futuro irá mostrar por onde segue o design da Mazda mas os protótipos RX-Vision e Vision Coupe mostram que o estilo Kodo ainda está para durar nos próximos lançamentos de modelos Mazda.